Voava os céus e os mares,
Vagava, era o pássaro sem ninho
Sem chão nem galhos, sozinho.
A buscar o puro vento dos ares...
Era eu o mancebo voador,
Desatado das quimeras do amor,
A beber o néctar como o beija-flor
Das volúpias das virgens, sem pudor.
Era eu o maldito devasso,
Das luxúrias vividas,
Das paixões pervertidas...
Era eu e ainda sou.
Mas desta vez, um amor
Pra guiar o caminho pr’ onde vou.
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
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