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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Schrrth...

Ah...
Schrrth...
Este é o meu escarro!
O excremento virulento
Do pus condensado de meus verbos doentios.
Schrrth... até que saia todo o infecto.
Cuspi meu pigarro no papel mais branco...
É a poesia mais orgânica de minhas vísceras...
O verso tangível e pungente...
A iconografia espontânea do engasgo...
Eu sou o poeta, lambe o meu poema palpável,
Ou te amedrontas em ler as inquietações poéticas?
Ah... a estética encantadora segrega os infelizes...
Os moribundos são negligenciados pelo amor...
O que fazes aos pudores dos facínoras?
Veja o engodo a qual caminha a humanidade...
Tal qual pisoteiam os sorumbáticos insalubres,
Esmagador é o silêncio que te engasga.
Esta é minha secreção sórdida e sufocante,
Insuportavelmente asquerosa...
Da qual só me liberto e respiro,
Num punhado de palavras cuspidas...
Schrrth...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ouçam lá...

Ouçam lá... É a brisa...
Ultrapassando a balbúrdia dos infelizes.
Ouçam mais uma vez... Apenas ouçam...
Vejam em suas pálpebras o infortúnio desfeito,
A solução para os dias enfadonhos.
Que cesse o suor e as agruras...
Eis a felicidade ao matar a sede,
E a descansar o corpo.
Autos lá se vierem buscar o ouro!
O prazer mais puro está nos sonhos...
Voltemos senhoras e senhores,
Ao mundo pictórico da liberdade...
E que se diluam os tormentos
No paraíso da frugalidade...
Que este desejo anteceda as ambições!
Pois o tempo carcome nosso tempo.
Ouçam lá... Quem trás é a brisa o recado do vento...

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