Pesquisar Textos Antigos

terça-feira, 21 de setembro de 2010


Ali,
Do outro lado da janela,
Mora o pássaro
Comedor de migalhas...
Ele voa alto,
Mas insiste descer o chão!
Asas malditas,
Feitas de cera;
Jamais chegará ao sol!
– Morrerá,
Se quiser voar,
No alçapão:
De dor,
De fome,
Preso!
Pobre pássaro
Encarcerado...
Livre é o pensamento...
Dentro ou fora de uma janela,
Com um papel
E uma caneta em mão.

domingo, 19 de setembro de 2010




Por hora, deitei a caneta.
Há um tempo que antecede o trovão...
Antes da tempestade o vento sopra
Calmo, até ficar furioso.
Aí o cinza torna-se escuro,
Mas eu ainda sou o branco, o branco...
Protejam-se da tempestade,
Ela é avisada nos moinhos...
Fiquem atentos a não cuspir o vento,
Ele trás consigo fogo e gelo;
E é medonho a destruir os templos...
Por hora, o papel é branco.
Mas há um rascunho de poesia.

Números de Visitantes Desta Página