Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
domingo, 19 de setembro de 2010
Por hora, deitei a caneta.
Há um tempo que antecede o trovão...
Antes da tempestade o vento sopra
Calmo, até ficar furioso.
Aí o cinza torna-se escuro,
Mas eu ainda sou o branco, o branco...
Protejam-se da tempestade,
Ela é avisada nos moinhos...
Fiquem atentos a não cuspir o vento,
Ele trás consigo fogo e gelo;
E é medonho a destruir os templos...
Por hora, o papel é branco.
Mas há um rascunho de poesia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário