tag:blogger.com,1999:blog-63398546131197326482024-03-12T19:28:26.932-07:00Folha amarrotada...Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.comBlogger82125tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-45847730516734312532023-01-31T22:02:00.000-08:002023-01-31T22:02:00.447-08:00A fotografia...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZB7IhPoatmeX3JMpea9dfOyD4laH7azdFip54_7u0goUrEkWFNLtu82P_n8F45jmi1gF0WCd9CsND37nKuduMRg51GAS1fExRu7Zkl0CYwIADs1W8oBhAFf5yUtU3Vt2mVHzJa0JU5xxRgm3ALBdlQj97ORJNewr19eo_5dcYK39cJCV5D5PBfa6UNQ/s640/10622855_749956941769913_2759310597953747700_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZB7IhPoatmeX3JMpea9dfOyD4laH7azdFip54_7u0goUrEkWFNLtu82P_n8F45jmi1gF0WCd9CsND37nKuduMRg51GAS1fExRu7Zkl0CYwIADs1W8oBhAFf5yUtU3Vt2mVHzJa0JU5xxRgm3ALBdlQj97ORJNewr19eo_5dcYK39cJCV5D5PBfa6UNQ/s320/10622855_749956941769913_2759310597953747700_n.jpg" width="320" /></a></div><br /> <br /><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"><br />A
fotografia é, sem dúvidas, um ato de coragem, que faz roubar do tempo uma
fração da eternidade... e a poesia atravessa o imagético na velocidade da luz!<br /><br />Washigton Machado.</span><p></p>Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-81734657274251808292020-05-30T01:00:00.000-07:002020-05-30T18:42:42.585-07:00O debuxo e o colorido da vida...<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white; color: #000018; font-family: BlinkMacSystemFont, -apple-system, "Helvetica Neue", Roboto, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; text-align: start; white-space: pre-line;"><i style="font-family: BlinkMacSystemFont, -apple-system, "Helvetica Neue", Roboto, Helvetica, sans-serif; text-align: start;"> A mente humana é ilustrada como um "caderno", que inicialmente é todo "branco". Ao longo da vida as ideias e experiencias, que são infinitas, são também representadas por "cores" e "formas" distintas que vão sendo adicionadas nas folhas de papel. Algumas ideias e experiências, porém, não são tão saudáveis quanto as outras e acabam manchando o que está sendo construído. Essas cores e formas indesejáveis não podem ser apagadas, pois usar uma borracha seria equivalente a uma máquina do tempo capaz de mudar o passado, portanto, impossível. Entretanto, novas cores e formas podem ser desenhadas no decorrer da vida. Diariamente alimentamos esse caderno com experiências e ideias que escolhemos ou pelas quais somos compelidos através da "sorte". Na escuridão, uma lanterna revela pequenos pontos de páginas aleatórias que existe no caderno - assim como é a nossa memória -, podendo ser coisas boas ou ruins. Contudo, o debuxo e o colorido da vida segue um caminho guiado a partir das ideias e experiência que são pintadas no papel, indesejáveis ou não, cabe ao esforço do desenhista identificá-las e, sobretudo, buscar novas ideias e experiências para tatuar o vazio das próximas páginas. Quanto às cores e formas que mancharam o papel, resta-nos refazer ou pintar uma nova imagem, cores e formas umas por cima das outras, alimentando diariamente, folha por folha, o imenso caderno da vida.</i><br /><br />Washington Machado.</i></div>
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-32814632706946322672016-05-10T14:43:00.001-07:002018-02-22T09:04:06.042-08:00Nós somos corujas... às vezes, ratos!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-PB8I2qDCPG0/VzJV3ucG2lI/AAAAAAAAFaY/xZ2cCdXUmMEDmeWZ88FQHCxbMrUe-IHnQCLcB/s1600/coruja-no-gelo-da-finlandia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-PB8I2qDCPG0/VzJV3ucG2lI/AAAAAAAAFaY/xZ2cCdXUmMEDmeWZ88FQHCxbMrUe-IHnQCLcB/s320/coruja-no-gelo-da-finlandia.jpg" /></a></div><br />
Pronto... de lá vem o vento frio... do horizonte... curvando-se entre as nuvens cinzentas. E de lá rasgam o céu as corujas. Enlutando os ouvidos dos infelizes. Voam sobre as cabeças dos ratos que serão devorados na noite. Pobres ratos... Assim também é a equação das desigualdades humanas. A barafunda que desvirtua a sociedade e perverte os inocentes na incansável luta pelo empate da vida. O velho ponteiro varre o tempo em precisão pontual, aniquilando os minutos e segundos restantes. Chegada a hora, nada mais sobra, apenas o frio e o vento preenchendo o vazio. As corujas calculam meticulosamente o ataque. É difícil escapar... garras afiadas, asas gigantes e seu olhar profundo diz que as migalhas não saciam o desejo do sangue. Ceifar vidas é uma necessidade. Nós somos corujas... às vezes, ratos!Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-88319603416345359092015-06-29T21:00:00.003-07:002015-06-29T21:13:04.925-07:00A própria poesia...Para provocar a ruptura necessária, a ponto de adentrar no avesso do verso, o poeta tem que se lançar por inteiro na porta que o detém. Então tudo se fragmenta em pedaços perdidos... Mas o que se encontra além é a própria poesia...Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-44624324421152282222015-06-13T12:43:00.002-07:002015-06-22T14:58:13.446-07:00O farol...<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jotpUFOc758/VYiE57K3CPI/AAAAAAAAC7A/HqZ8OJvZA7Y/s1600/Farol%2B%25282%2529.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jotpUFOc758/VYiE57K3CPI/AAAAAAAAC7A/HqZ8OJvZA7Y/s320/Farol%2B%25282%2529.jpg" /></a><br />
São lamentáveis quando não são prazerosos os desejos. Sendo o critério de distinção entre eles extremamente influenciado pelo potencial estético que subverte os sentidos pelo fenômeno da vontade. Esta, por sua vez, se apresenta como a busca incensante pela conquista do que está interposto e alheio à nós. É uma pura ilusão. A vontade é resultante de uma experiência estética. E todos estão subordinados às suas imposições. Isto é, tudo o quanto for construído ou destruído, tal qual a harmonia ou o desequilíbrio, toda e qualquer vontade trata-se de um fenômeno estético. Não há crivo entre as decisões senão a sua vontade resultante. Ela é a luz e a alternância que governa o farol diante do mar da inconsciência.Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-23148426042673469692015-05-13T14:04:00.001-07:002015-05-13T14:04:08.486-07:00Reflexões acerca da estética"A experiência estética da sedução desvirtua as pessoas por meio da exuberância dos desejos através dos sentidos. Provocando, muitas vezes, o vício."<br />
<br />
Washington MachadoWashington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-87319183029616895832015-03-01T21:34:00.004-08:002016-08-17T09:08:35.229-07:00A liberdadeA liberdade é um abismo ao qual nos lançamos, supondo estarmos voando enquanto caímos!<br />
<br />
Washington Machado<br />
02.03.15Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-22899334297634773132015-02-03T18:32:00.001-08:002015-02-03T18:32:00.348-08:00O que fazes aqui?De soslaio eu vi o vulto<br />
Como que um anjo ou demônio.<br />
Vagava perdido...<br />
O brilho dos meus olhos ofuscados,<br />
E o arrepio de minhas mãos<br />
Era tal qual a heterotopia...<br />
Fogo e gelo num mesmo instante.<br />
O que dizes?<br />
Quais são tuas aspirações?<br />
O que fazes aqui?<br />
Trazes-me um poema ao menos?<br />
Grita o teu recado, sorumbático!<br />
Dizes-me porque me rodeias?<br />
Há tempos...<br />
Tua sombra me segue pelos caminhos<br />
Ou sou eu o medonho que te amedrontas?<br />
Por que foges, desgraçado?<br />
Deus está aqui!<br />
<br />
<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-16110216207365317412015-01-03T23:37:00.000-08:002015-01-03T23:37:13.899-08:00Voa, voa, voa...<a href="http://1.bp.blogspot.com/-op4sBIex-F4/VKjtn8ewE5I/AAAAAAAACpo/J_F7fkiPlvU/s1600/van.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-op4sBIex-F4/VKjtn8ewE5I/AAAAAAAACpo/J_F7fkiPlvU/s320/van.jpg" /></a><br />
<br />
De tudo que sai do teu corpo,<br />
Da tua mente e do teu coração...<br />
Um pedaço voa no vento.<br />
Evaporando-se como miasmas.<br />
Tu nem sonhas até onde vai.<br />
Voa, voa, voa...<br />
Assim é o poema.<br />
Tu não sabes quão distante chega.<br />
Porque ele sai de dentro do teu corpo,<br />
Da tua mente e do teu coração...<br />
E voa, voa, voa...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-55961163003569624592014-11-27T20:09:00.000-08:002015-04-07T21:56:31.760-07:00Aforismo do VentoUm vento frio e escuro sopra as vezes.<br />
E uma neblina de miasmas flutua no ar.<br />
Vozes que gritam do inferno...<br />
Tão viscerais quanto a própria consciência.<br />
Cuida-te para não ouvir estas vozes...<br />
São sofrimentos dos quatros cantos do tempo<br />
Que nos empurram no abismo da loucura.<a href="http://1.bp.blogspot.com/-L79Qo0Sping/VHf1UjmdyAI/AAAAAAAACo0/lA9AEdm_OOI/s1600/vento%2Bde%2Bdoutrinas.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-L79Qo0Sping/VHf1UjmdyAI/AAAAAAAACo0/lA9AEdm_OOI/s320/vento%2Bde%2Bdoutrinas.jpg" /></a><br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-15913395075646882352014-01-24T14:22:00.000-08:002015-12-22T08:26:48.151-08:00O Som da Luz...<a href="http://1.bp.blogspot.com/-P8_YAuYEBm4/UuLoPf2WrSI/AAAAAAAABzg/SuZaQwmjaR0/s1600/James+Mcneill+Whistler+-+Noturno+em+negroe+ouro.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-P8_YAuYEBm4/UuLoPf2WrSI/AAAAAAAABzg/SuZaQwmjaR0/s320/James+Mcneill+Whistler+-+Noturno+em+negroe+ouro.jpg" /></a><br />
<br />
Do som daquelas luzes ofuscantes,<br />
Um cheiro quente e vermelho se espalha.<br />
Fumaças, poeiras, dissabores ardentes...<br />
E a heroína vencida se esmalha.<br />
<br />
Os sons entoados ásperos veementes<br />
São os gritos de torpor dos arruinados...<br />
Que entorpecidos, tornam-se potentes,<br />
De tanto ódio e prazeres frustrados...<br />
<br />
É o som que reverbera estarrecido,<br />
O som que soa dos derrotados,<br />
O som da luz que lá vem enfurecido...<br />
<br />
Lá vem o som, atroz e enfarruscado.<br />
Veloz como chamas... Endoidecido.<br />
Quando estoura, ecoa-se o acabado.<br />
<br />
Washington Machado <br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-82352792832374028422013-06-07T08:53:00.000-07:002013-06-07T14:01:54.623-07:00Agora!<a href="http://2.bp.blogspot.com/-v3HDEfv2JRM/UbIB3StyQfI/AAAAAAAAAfQ/mhEUyEu3YK8/s1600/fhgaafd.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-v3HDEfv2JRM/UbIB3StyQfI/AAAAAAAAAfQ/mhEUyEu3YK8/s320/fhgaafd.jpg" /></a><br />
<br />
No abrir-fechar dos olhos,<br />
Certa vez, as retinas confundiram-se...<br />
E as cores de outrora, então<br />
Tornaram-se outras...<br />
Eram chispas de explosões<br />
A imagem debuxada...<br />
Como tintas em um papel,<br />
Estouradas e cintilantes...<br />
E naquele ofuscamento,<br />
Distorcido em cada hora,<br />
Se desfez minha ilusão.<br />
E quando, finalmente, <br />
As pálpebras se deitaram,<br />
Percebi em meu sonho<br />
Que aqui estamos, acordados...<br />
Agora!<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-80570665106869812822013-05-21T12:06:00.001-07:002013-05-21T12:06:11.341-07:00Eu sou o vento!Eu sou o vento!<br />
Isto mesmo, o vento...<br />
Sopro a tua fronte,<br />
Assanho teus cabelos<br />
E penetro a tua fonte...<br />
Jorra demasiado, água pura.<br />
Esfrio a tua nuca...<br />
Aqueço com fiapos de meu corpo.<br />
Sou eu mesmo, o vento!<br />
Doce e pervertido...<br />
Golpeando o desejo de teu rosto,<br />
Sentes alívio quando toco em ti.<br />
Apago teu fogo, derreto teu gelo,<br />
Voas em meus braços...<br />
Molho e seco teus lábios...<br />
Vento eu sou!<br />
Fecha os olhos...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-11106932799858223592013-04-15T15:49:00.002-07:002015-01-04T00:05:51.522-08:00Schrrth...Ah...<br />
Schrrth...<br />
Este é o meu escarro!<br />
O excremento virulento<br />
Do pus condensado de meus verbos doentios.<br />
Schrrth... até que saia todo o infecto.<br />
Cuspi meu pigarro no papel mais branco...<br />
É a poesia mais orgânica de minhas vísceras...<br />
O verso tangível e pungente...<br />
A iconografia espontânea do engasgo...<br />
Eu sou o poeta, lambe o meu poema palpável,<br />
Ou te amedrontas em ler as inquietações poéticas?<br />
Ah... a estética encantadora segrega os infelizes...<br />
Os moribundos são negligenciados pelo amor...<br />
O que fazes aos pudores dos facínoras?<br />
Veja o engodo a qual caminha a humanidade...<br />
Tal qual pisoteiam os sorumbáticos insalubres,<br />
Esmagador é o silêncio que te engasga.<br />
Esta é minha secreção sórdida e sufocante,<br />
Insuportavelmente asquerosa...<br />
Da qual só me liberto e respiro,<br />
Num punhado de palavras cuspidas...<br />
Schrrth...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-54771911936089588362013-04-05T21:25:00.002-07:002015-01-04T00:04:58.798-08:00Ouçam lá...Ouçam lá... É a brisa...<br />
Ultrapassando a balbúrdia dos infelizes.<br />
Ouçam mais uma vez... Apenas ouçam...<br />
Vejam em suas pálpebras o infortúnio desfeito,<br />
A solução para os dias enfadonhos.<br />
Que cesse o suor e as agruras...<br />
Eis a felicidade ao matar a sede,<br />
E a descansar o corpo.<br />
Autos lá se vierem buscar o ouro!<br />
O prazer mais puro está nos sonhos...<br />
Voltemos senhoras e senhores,<br />
Ao mundo pictórico da liberdade...<br />
E que se diluam os tormentos<br />
No paraíso da frugalidade...<br />
Que este desejo anteceda as ambições!<br />
Pois o tempo carcome nosso tempo.<br />
Ouçam lá... Quem trás é a brisa o recado do vento...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-15415139796118855522013-03-09T16:55:00.000-08:002013-03-09T17:24:34.153-08:00Apenas poeta...Eis o poeta...<br />
Sim, eu mesmo!<br />
Não o poeta lírico<br />
Nem mesmo o medonho,<br />
Apenas poeta...<br />
Não menos importante...<br />
Poeta por que vivo o meu próprio poema...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-84386951046587866922012-11-11T17:54:00.001-08:002012-12-18T06:33:24.133-08:00Esta é minha alegriaNenhum dos pássaros estão mais aqui.<br />
Todos voaram...<br />
Esta é minha alegria,<br />
Embora a saudade, <br />
O alçapão fechado,<br />
As gaiolas vazias...<br />
Que voem!<br />
O quanto mais alto for,<br />
Voem aos céus mais longe...<br />
Queridos pássaros,<br />
Voem...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-73893040567340671822012-06-02T11:44:00.000-07:002014-04-04T10:39:12.518-07:00Eu já sei fechar os olhos...<br />
Corram... Fora daqui, diabos...<br />
Este é o meu desvario.<br />
Versos de tempos perdidos...<br />
O melhor está atrás das pálpebras,<br />
Ali naqueles olhos uivantes...<br />
E nesses tempos cinzentos, lúgubres,<br />
Em que se antecipam os relógios,<br />
Claustrofobicamente...<br />
A luz do inconsciente foge à loucura.<br />
Restando-me apenas soluções imagéticas,<br />
Das quais, só as vejo de olhos fechados.<br />
Fechem os olhos comigo...<br />
Há pictóricos mundos perdidos<br />
À procura de nossas forjadas mentiras.<br />
E à procura de nossos sentidos.<br />
Vejam... Naquela ogiva de raios luminosos,<br />
Depois do ofuscamento,<br />
Há a mais pura das visões.<br />
Estas são as que eu procuro,<br />
Desde a infância até o último sono.<br />
Então, que apressem-se os relógios,<br />
Eu já sei fechar os olhos...<br />
Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-46262722395114961312011-10-04T16:45:00.001-07:002011-10-04T16:45:51.815-07:00Aí, sim...Ah, os relógios, todos terríveis, não os suporto mais!<br />É um fardo no estribilho dos meus dias,<br />E há dias que não saio deste inferno.<br />Onde estamos?<br />São o meu infortúnio aquelas catracas.<br />Aqueles ponteiros me levam ao mais ínfimo dos infernos.<br />E este inferno é o martelo da bipartição da minha consciência.<br />Aonde iremos afinal?<br />Juntar-nos aos ignorantes e clamar por um libertador?<br />Nós é que somos os últimos baluartes esquecidos.<br />A pena está em nossas mãos...<br />Ouço a barafunda das mil vozes endemoninhadas de minha liberdade.<br />Quem irá me ouvir?<br />Não tente me devorar, Cronos... <br />Sou o teu filho<br />E irei te libertar desta agonia...<br />Vamos, <br />Dei-me a mão e nos lançaremos deste monte até o fim.<br />Aí, sim...<br />Estaremos livres de vez.Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-39355808119794914052011-09-15T09:26:00.001-07:002011-10-04T16:53:12.999-07:00Até a Venus abrir as portas de sua percepção.Ah, a impenetrabilidade...<br />Eis um desafio para os mancebos.<br />Do que nos resta a juventude?<br />Meio mundo de sonhos infames?<br />Ali se foi todo o moralismo obtuso,<br />Todo o maniqueísmo litúrgico<br />E o véu sujo da divindade.<br />Aquela nudez palpável <br />Irá destruir mil Tróias no mundo<br />E os templos cairão por terra.<br />Não irá sobrar sequer um demônio<br />Nem mesmo as musas de Safo<br />E os pervertidos velhos barbudos.<br />Os desvairados irão beber todo o sangue<br />Até a Venus abrir as portas de sua percepção.Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-49021827246031292112011-09-14T07:45:00.000-07:002011-09-14T07:46:05.764-07:00Pule!Do alto da montanha, pulo<br />Até o rio que corre ao mar.<br />Este é meu vôo sobre o vento<br />Que nem todos podem ter<br />Nem sonhar...<br />Há o vento, <br />Deitado no horizonte...<br />Vamos até lá?<br />Venha comigo, brisa.<br />Ouça o barulho de minhas asas...<br />Este é o poema escrito no corpo.<br />Deixe na praia a poeira do vidro<br />E vamos até depois do mar...<br />Precisamos cultivar a nova terra<br />Para os que ainda saltarão da montanha<br />No rio que corre ao mar.<br />Pule! <br />E venha comigo...Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-1857421420089769582011-08-31T07:54:00.000-07:002011-09-01T21:09:21.856-07:00Eu sei...Ah, o retorno é sempre bom...
<br />Depois de quebrar os deuses de alabastro
<br />E lançar-me fora da carruagem faiscada,
<br />Retorno ao velho moinho de pedra,
<br />Desço o poço até a fonte.
<br />Lá estão Orfeu e os outros tocando a bela música
<br />E todos os outros bárbaros...
<br />Eles cantam e dançam como índios entorpecidos,
<br />Reinventando o velho universo.
<br />Lá no fundo do poço o barro arde áspero e quente.
<br />E com a argila esculpem a nova Grécia, Roma e Pérsia.
<br />O mundo pertence aos bárbaros,
<br />Eu sei...
<br />É preciso subir ao extremo norte
<br />Onde não há argila nem alabastro,
<br />Para tornar-se pacífico e eterno mancebo.
<br />Por isso deixo aqui os velhos barbudos e os pedreiros
<br />E subo!
<br />Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-49129113723150038072011-06-20T19:41:00.000-07:002011-06-20T19:45:38.940-07:00Soneto n° 1Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br /><br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br /><br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br /><br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...<br />Ahahahahahahahahahah...Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-75394045429620762552011-06-19T20:07:00.000-07:002011-06-19T20:48:10.609-07:00Até que a luz se volta...Há dias que o sol escurece<br />E não há sequer as chispas de uma candela.<br />As cores afugentam-se todas<br />Numa imensa imagem escura, inóspita...<br />É o inferno, indubitável e perverso<br />Com os demônios mascarados<br />À procura de suas faces perdidas...<br />Eu vejo os vultos e suas máscaras<br />Na multifacetada máscara do outro,<br />Máscaras dos demônios no escuro...<br />E um deles olha pra mim<br />Com seus olhos cristãos...<br />Como nos meus velhos olhos no espelho.<br />Até que luz se volta...Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6339854613119732648.post-60577207363481562202011-06-15T20:45:00.000-07:002011-06-15T20:52:33.998-07:00O pobre pássaroDe tanto voar, cansa o pássaro,<br />Entediado do céu aberto, imenso...<br />Chega até larga o céu por algo intenso,<br />Algo difícil de ver, de tão puro e raro.<br /><br />E busca a vida inteira o pobre pássaro...<br />Até achar o que procura de tão escondido.<br />Busca, busca até sentir o próprio sentido...<br />E quando encontra, paga um preço caro.<br /><br />É uma loucura voar o céu perdido.<br />Sem saber onde pousar acaba ferido,<br />Sem o azul do céu imenso e claro...<br /><br />E aí termina preso o pobre pássaro...<br />Com a ruína de seu destino sofrido,<br />Cantando pro seu amor não ser esquecido!Washington Machadohttp://www.blogger.com/profile/17729994096441096316noreply@blogger.com2