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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aguarda-me, na curvatura do rio, o Caronte.
Disse-vos que não morro nem pago a moeda...
Orfeu desceu o inferno de Hades em sua arreda.
Eu nado,se possível for, o próprio Aqueronte.

Nem a barca do inferno será minhas rédeas.
Eu sou o velho moço com a espada na mão...
Correndo os campos verdosos das eqüídeas,
Em quase vôos alçados como os pássaros ao chão.

E é pela guerra e pelo amor que na morte eu luto.
E de luto retorno nas noites em que a escuridão
De serena me faz te lembrar como o meu galardão...

E sou o lutador escarlate que escorre em gotejo.
Sou a quimera dos sonhos dos inimigos...
O amante da vida à deriva do desejo.

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