Eis o transunto de minha insensatez, o poema.
Pedaços de meu amor rebuscado, os versos.
E o diagnóstico é o papel escrito. Póstumo, amassado.
E o cesto do lixo não mais possui um espaço.
Mas minhas palavras rústicas, pretensiosas,
Como um grito. Querem ser ouvidas de longe.
Inebriantes como o perfume das virgens no vento...
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
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