Eu sou o vento!
Isto mesmo, o vento...
Sopro a tua fronte,
Assanho teus cabelos
E penetro a tua fonte...
Jorra demasiado, água pura.
Esfrio a tua nuca...
Aqueço com fiapos de meu corpo.
Sou eu mesmo, o vento!
Doce e pervertido...
Golpeando o desejo de teu rosto,
Sentes alívio quando toco em ti.
Apago teu fogo, derreto teu gelo,
Voas em meus braços...
Molho e seco teus lábios...
Vento eu sou!
Fecha os olhos...
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
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