Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Além dessa névoa escura da noite,
No recôncavo de arenito perto do mar,
E longe dos olhos negros do alquimista
E das mandíbulas de dentes travados,
Rangidos do ódio mefistofélico...
Ponho-me a olhar de cima
Vendo a luz do faroleiro
E a brisa no rosto molhado,
Suado do longo caminho...
Então pulei para fora do corpo
Despido na encosta das ondas...
Olhando o abismo do horizonte sem fim
De onde saiu deus com a boca aberta
Expulsando os demônios da noite
E começando uma nova aurora...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
subjetivo,intenso e profundo,como o mar...
ResponderExcluirAda de Campos