Antes que eu morra, mais um gole de bebida!
Da mais pura e doce que a dama me serviu.
Para que eu bêbado venha aquecer o frio
De minha pobre vida, curta e desgraçada.
E mais uma baforada quente do fumo!
Para jogar a fumaça no vento, no sumo...
E não ser tragado nas brumas e consumido
Nem ser ingerido pelo tempo e perdido.
Vou indo, afogando-me, lançando-me fora...
Meus vícios comigo vão para o abismo!
E do que ainda restar seja esmagado!
Miserável destino! - me faz ir embora...
Mas antes que eu morra; meu egocentrismo
Não permitirá que meu canto seja engasgado!
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
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