Como nas guerras do mundo inteiro
Vivo lutando à beira de aflições...
A minha sina é a de um guerreiro
E como os artistas eu vivo emoções!
E sinto no vento o tempo passar...
Trazendo as agruras franzidas na fronte!
E vejo os heróis do passado, enterrados no monte
E em brisas de miasmas espalhadas no ar.
Luto pelo o amor, pela liberdade e pela terra!
Clamo pela sorte!
Antes que a terra me cubra, lá em cima no monte...
É essa a vida dos guerreiros na guerra...
Vida e morte!
E os sonhos em moedas jogadas na fonte.
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Voa menina, voa!
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
E a voz da tua boca soa
Presunçosa em querer cantar.
Piaf era um pássaro sem medo...
Tu não voas, mas quer voar...
E os abismos do teu enredo
É que engole o teu cantar.
A voz minguada, engasgada some.
Abra as asas, escreva seu nome...
Não na lápide, és uma Elis...
E nos campos de flor-de-lis...
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
Que tuas asas são pra voar!
E a voz da tua boca soa
Presunçosa em querer cantar.
Piaf era um pássaro sem medo...
Tu não voas, mas quer voar...
E os abismos do teu enredo
É que engole o teu cantar.
A voz minguada, engasgada some.
Abra as asas, escreva seu nome...
Não na lápide, és uma Elis...
E nos campos de flor-de-lis...
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
sábado, 10 de abril de 2010
Folhas caídas, secas e mortas...
- Outono desgraçado!
E o frio é como o inverno do mês seis.
Os galhos estão magros e a terra úmida.
A natureza está em ruínas como a nação pós-guerra.
O que esperar desse tempo cíclico?
Até as flores estão murchas...
Deus não gosta da eternidade
Por isso permite ceifar a vida.
Pobre lagarta que não voou e morreu...
É uma limpeza de coisas inúteis...
Tudo é fútil!
As folhas caem para nascer outras mais belas...
Somos nós todos assim:
Folas caídas, secas e mortas!
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