Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
E a voz da tua boca soa
Presunçosa em querer cantar.
Piaf era um pássaro sem medo...
Tu não voas, mas quer voar...
E os abismos do teu enredo
É que engole o teu cantar.
A voz minguada, engasgada some.
Abra as asas, escreva seu nome...
Não na lápide, és uma Elis...
E nos campos de flor-de-lis...
Voa menina, voa!
Que tuas asas são pra voar!
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
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