A cada instante uma queda
No abismo das palavras malditas,
A mercê de um estouro ao tocar o chão.
O tempo lhe empurra pelas costas
E caindo grita o poeta
A prantos de seu destino
Que não o tem em suas mãos.
Injuriado escreve os sonhos
Pra ensinar a deus o que fazer
Com sua varinha de condão.
Washington Machado
04 – 09 – 09
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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