Aos pássaros que voam
E do alto nos vêem aqui
Em baixo;
Mas alto ainda, as nuvens
Vestidas de branco,
Que no inverno chovem
Para lavar os prantos
Dos amores perdidos, findados...
Aos de corações sofridos
Que a vida regelou-lhes o peso,
O malfado...
Aos que já estão mortos,
Que jamais beberão este vinho
Nem um gole sequer...
Aos que nos deixaram seus nomes
Escritos na memória...
Aos que já chegaram ao fim
Depois de seus pequenos passos
Lá no início...
E à morte
Que vem do precipício,
E que é a vida dos romances
Acabados...
Uma saúde!!!
Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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