Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
sábado, 2 de junho de 2012
Eu já sei fechar os olhos...
Corram... Fora daqui, diabos...
Este é o meu desvario.
Versos de tempos perdidos...
O melhor está atrás das pálpebras,
Ali naqueles olhos uivantes...
E nesses tempos cinzentos, lúgubres,
Em que se antecipam os relógios,
Claustrofobicamente...
A luz do inconsciente foge à loucura.
Restando-me apenas soluções imagéticas,
Das quais, só as vejo de olhos fechados.
Fechem os olhos comigo...
Há pictóricos mundos perdidos
À procura de nossas forjadas mentiras.
E à procura de nossos sentidos.
Vejam... Naquela ogiva de raios luminosos,
Depois do ofuscamento,
Há a mais pura das visões.
Estas são as que eu procuro,
Desde a infância até o último sono.
Então, que apressem-se os relógios,
Eu já sei fechar os olhos...
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Eu lírico a blasfemar contra a vida...Quanta beleza nesse culto da morte...
ResponderExcluirAmanda Braga