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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Soneto Maldito I

Numa sala vazia do inconsciente,
Há um vulto imbuído de maldade.
Vagando entre sonhos, veemente,
Maquinando desejos de crueldade.

Cuspindo fogo e gelo entre os dentes,
Sorrindo com máscaras de falsidade.
Fitando, odioso, com olhos pertinentes,
Os pobres, perdidos de honestidade.

E os templos sagrados vão aos ventos...
Deixando nos pobres muitos tormentos
Que, endoidecidos, rendem-se à maldade.

Vagueando, perdidos, deficientes...
Cegos... pobres filhos, inocentes
De um pai, que é o pai da crueldade.

Um comentário:

  1. "Numa sala vazia do inconsciente,
    Há um vulto imbuído de maldade.
    Vagando entre sonhos, veemente,
    Maquinando desejos de crueldade"


    Quando li, lembrei imediatamente da psicologia( psicanalítica),
    Freud, o inconsciente, os sonhos, os desejos - E a sublimação
    = Soneto Maldito.

    Muito bom Parabéns!!

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