Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
terça-feira, 10 de maio de 2016
Nós somos corujas... às vezes, ratos!
Pronto... de lá vem o vento frio... do horizonte... curvando-se entre as nuvens cinzentas. E de lá rasgam o céu as corujas. Enlutando os ouvidos dos infelizes. Voam sobre as cabeças dos ratos que serão devorados na noite. Pobres ratos... Assim também é a equação das desigualdades humanas. A barafunda que desvirtua a sociedade e perverte os inocentes na incansável luta pelo empate da vida. O velho ponteiro varre o tempo em precisão pontual, aniquilando os minutos e segundos restantes. Chegada a hora, nada mais sobra, apenas o frio e o vento preenchendo o vazio. As corujas calculam meticulosamente o ataque. É difícil escapar... garras afiadas, asas gigantes e seu olhar profundo diz que as migalhas não saciam o desejo do sangue. Ceifar vidas é uma necessidade. Nós somos corujas... às vezes, ratos!
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