Eis aqui uma folha como a de um caderno para riscar. Poderia ser um rabisco, debuxo ou um colorido. Mas prefiro, antes que eu a amarrote e a jogue no cesto do lixo, dar a ela minha voz que é o grito engasgado de tantos outros apertos que não os suporto mais. Portanto eis aqui o diagnóstico de meu pigarro e rouquidão. O meu papel escrito, antes morto e hoje vivo, sujo e detestável. Leiam antes que eu o amarrote e o jogue no lixo!
sábado, 3 de janeiro de 2015
Voa, voa, voa...
De tudo que sai do teu corpo,
Da tua mente e do teu coração...
Um pedaço voa no vento.
Evaporando-se como miasmas.
Tu nem sonhas até onde vai.
Voa, voa, voa...
Assim é o poema.
Tu não sabes quão distante chega.
Porque ele sai de dentro do teu corpo,
Da tua mente e do teu coração...
E voa, voa, voa...
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